No ano de 2009 foi publicado um estudo americano financiado pelo Centro para Ciência no Interesse Público (CSPI’s) que listou os alimentos que mais oferecem riscos à saúde. De queijos a vegetais, a lista não era nada animadora, atribuindo culpa até mesmo as tão faladas e idolatradas folhas verdes.
É claro que neste estudo foi observado o armazenamento, o transporte e o preparo para que esses alimentos fossem listados.
Outro dado importante para que o alimento fosse cadastrado é a facilidade de se contaminar com microorganismos como a E.coli e Salmonella.
Entre os mais perigosos estão os ovos crus em preparações como maionese, por causa da Salmonella e as ostras também consumidas cruas, que podem estar contaminadas com coliformes fecais.

Surpreendentemente grande parte destes itens está presentes diariamente em nossas listas de compras como atum, batatas, queijo, sorvete, tomate, brotos e frutas. Exatamente por isso Sintonia relembra esse estudo, que afirma que tais alimentos são responsáveis por quase 40 por cento de todos os surtos alimentares no EUA. E o aumenta quando pensamos em crianças, pessoas com baixa imunidade e idosos.

Mas o cuidado não é só com os alimentos listados pela pesquisa.

Antes de comprar qualquer alimento, é importante planejar quais alimentos serão comprados, levando a sazonalidade, condições de armazenamento do produto, se o transporte de perecíveis obedeceu à refrigeração e a validade é claro. Se  não há respeito a estes item, higiene e organização no local da compra, existe uma grande probabilidade do alimento, independente da marca, oferecer algum risco.

Comprar alimentos com o selo de inspeção federal (SIF) também garante a qualidade higiênico-sanitária do produto. Nos Estados Unidos, todos os alimentos são regulamentados pela Food and Drug Administration (FDA), órgão do governo responsável pelo controle das indústrias alimentícias e de medicamentos do país enquanto no Brasil, o órgão responsável é a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Outro ponto importante é ordem da comprar, que pode comprometer a segurança dos alimentos, iniciando por itens que não necessitam de refrigeração, seguindo para os hortifrútis, congelados e por último os produtos refrigerados e congelados, que não devem ter sinal de recongelamento, como pequenos cristais de gelo em sua superfície, na embalagem ou no freezer.

E por fim, fique atento a organização do carrinho. Produtos de limpeza e higiene pessoal devem manter distancia de alimentos frescos. Isso evita a contaminação no caso de derramar. A mesma regra vale para alimentos crus e prontos. A contaminação cruzada entre diferentes tipos de alimentos também pode acontecer caso as embalagens estejam danificadas.