Estamos sempre em busca da perfeição! A roupa com caimento perfeito, o vinho perfeitamente harmonizado e climatizado, o final do livro perfeitamente coerente. Isso sem falar nas expectativas de encontrar o funcionário perfeito, o filho perfeito, o relacionamento perfeito!
Mas será que estamos perfeitamente prontos para o perfeito?!!
Confesso que é impossível, para mim, ficar confortável com tanta movimentação perfeita ao meu redor sem causar estranheza.
Homens com rotinas, agenda e compromissos perfeitamente eficientes, sem espaço para o inesperado. Mulheres workaholics, controladoras e supermães, que definem na ponta do lápis o momento ideal para iniciar e encerrar a meditação. Até para o lazer em férias, acreditem, fazem planilhas com escala de todos os passeios, seus horários e intervalos. Fala sério!!!
Quando foi que essa busca pela perfeição assumiu o controle de nossas vidas?!!
Competência e alta performance avançam sobre os limites pessoais, como se qualidade de vida pudesse ser planejada independente das características do DNA de cada um. É quase uma agressividade à vida!
Ok, assumir desafios é importante para o crescimento, mas tornar a vida uma maratona sem linha de chegada é algo assustador.
Eu fico aqui observando e me questionando onde nasceu essa busca “obrigatória” pela perfeição!
Qual o problema em conviver com questionamentos, fragilidades ou incertezas? Em que momento perdemos a confiança no sentimento de que somos capazes de dominar situações e imprevistos?
Brené Brown, a autora dos livros A Coragem de ser Imperfeito e a Imperfeição é uma Virtude faz um alerta sobre a situação onde pessoas não aceitam sua vulnerabilidade e preferem fugir de emoções como medo, mágoa e decepção. Assim, com tantas questões blindadas, escondidas em uma rotina frenética, facilmente s fecham para o amor, a convivência social e a aceitação pessoal.
O medo do imperfeito pode esconder muito mais do que apenas erros!
Pode afastar você de experiências maravilhosas e significativas, de sentimentos verdadeiros e relações autênticas e realizadoras. E o mais importante, de seus propósitos!
Compreender que nem tudo precisa sair da forma como idealizamos e que errar faz parte do caminho é reconfortante. Aceitar a própria fragilidade, avaliando a rigidez de seu auto padrão de perfeccionismo leva a um processo de ressignificação.
Portanto, acolha sua imperfeição!
Tome uma atitude para mudar, programando a mente para ser feliz!
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